"A intenção [desse texto]... é provocar tesão, quero que quem me ler fique com vontade de fazer sacanagem. Se alguém lesse isto no avião e, por causa disso, entrasse numa sessão de sacanagem com o companheiro ao lado, seria uma realização, um accomplishment. Penso principalmente nas mulheres, gostaria que as mulheres, ao tempo em que se tornassem mais ousadas, se tornassem também mais abertas, mais compreensivas, deixassem de ser tão mulheres, por assim dizer. E gostaria de um mundo de sacanagem sem problemas, é dificílimo, mas não é impossível em certos casos. Quero que as mulheres fiquem excitadas, se identifiquem comigo, queiram me comer e comer todo mundo que nunca se permitiram saber que queriam comer, quero criar um clima de luxúria e sofreguidão."
João Ubaldo Ribeiro

Ao longo do romance, a narradora pratica todas as modalidades de sexo, sem manifestar o menor arrependimento, experimentando alegremente incesto, sexo com menores, em grupo, troca de casais, homossexualidade e até sexo informático. Considerado como ostensivamente pornográfico, A Casa dos Budas Ditosos é uma narrativa pouco comum, às vezes chocante, às vezes irônica e sempre provocadora, envolvendo um dos pecados mais indomáveis e capitais:
a luxúria.